domingo, 28 de fevereiro de 2010

Fluminense 5 x 1 Friburguense. Vitória em ritmo de treino.

Wellington Silva, vendido antes mesmo de brilhar no Fluminense. Uma pena.

A primeira rodada da Taça Rio seguiu o mesmo enredo da Taça Guanabara nos jogos com os pequenos.

O Fluminense não tomou conhecimento do adversário, imprimiu seu ritmo durante toda a partida e se tivesse forçado mais poderia ter obtido um escore mais dilatado.

Ainda assim, a defesa continua com buracos. Na primeira fase propiciou duas boas oportunidades aos atacantes do Friburguense, uma chutada para fora por Vivinho e outra cabeçada muito bem defendida por Rafael. Na etapa final, cometeu dois penaltis, o primeiro feito pelo Gum quando o placar ainda estava 2 x 0 não foi marcado pelo juiz, que estava longe do lance por não conseguir acompanhar o contra-ataque do Friburguense.

Pelo andar da carruagem, se não acontecer nenhuma zebra homérica, o Fluzão deverá obter a classificação de modo tranquilo. Preocupa-me, entretanto, o quinteto formado por Gum, Cássio, Diogo, Diguinho e Everton. Quem observar os jogos com atenção verá claramente que existem buracos pelo meio da defesa. Contra times fracos, a falha não chega a tirar o sono, mas nos clássicos os atacantes mais qualificados poderão se aproveitar da deficiência. Que o digam Adriano e Vágner Love.

Em minha opinião, Cuca deveria remontar a defesa com três zagueiros, aproveitando esses jogos mornos para dar ritmo de jogo a Digão e até mesmo ao Dalton. O volante a ser sacado fica a seu critério.

Excelente a estreia do Wellington Silva. Mostrou personalidade, fez um belo gol e deu um passe primoroso para Everton assinalar o seu, além de boas jogadas pelo setor esquerdo. Pena que seja mais uma vítima da ganância desmedida da diretoria amadora, que já havia tratado de vendê-lo antes mesmo de seu acesso ao time profissional.

Bom também o retorno do Maicon, que mostrou a desenvoltura de sempre. Aos poucos deverá recuperar sua melhor forma e provavelmente retomar a titularidade, se não voltar a sentir novas distensões ou se não for vendido também por pressão da Traffic.

Fred também está voltando ao seu ritmo normal. Sua apresentação foi bem superior àquela mostrada em Aracaju. Gostei da maneira como repetiu a cobrança do penalti, sem fazer uso da paradinha.

Destaque também para as boas atuações de Conca, como sempre, Mariano e André Lima, nos poucos minutos que ficou em campo. Os demais também não comprometeram, embora não deve ser esquecida a fragilidade do adversário.

Cuca aos poucos vai fazendo com que o time readquira a consistência perdida. Espero que acabe concluindo que a melhor formação é aquela que contempla Gum, Digão e Dalton como zagueiros.

E DÁ-LHE FLUZÃO!
(crédito da foto: globo.com)

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Confiança 1 x 1 Fluminense. E a questão continua: onde estará aquele time de guerreiros?


Foi uma estreia decepcionante. Apesar de ter tido doze dias para treinar, fato que serviu para Cuca justificar a eliminação na Taça Guanabara, o time realmente não jogou nada.

Aos poucos, Cuca está ressuscitando o meio campo dos horrores, semelhante aquele que ele mesmo havia desmontado, só que com outros personagens. Afinal esperar que armação de jogadas parta de um trio de volantes formado por Diogo, Willians e Everton é o mesmo que tentar viver no deserto sonhando com nova chuva de maná. E o resultado, como não podia deixar de ser é a consequente queda de produção do Conca, responsável único pela criatividade da equipe.

Decididamente, Willians não é o cara. Já havia demonstrado isso no Palmeiras com fracas atuações, que culminaram com sua dispensa no final do ano passado. No Fluminense não tem sido diferente, já não havia dado certo quando testado como atacante e agora comprovou que nem como volante, armador, sei lá, poderá ser útil ao Tricolor. E vejam que até agora só jogou contra time fraco.

Em sua análise pós-jogo, Cuca declarou que “O Confiança entrou com uma disposição maior que a nossa no primeiro tempo” e é justamente por isso que volto a perguntar: cadê o time de guerreiros?

Cuca precisa usar de toda sua “experiência psicológica” para de uma vez por todas colocar nas cabeças de seus comandados que, à exceção de Conca e Fred, os demais só terão condições de envergar a camisa tricolor se passarem a se doar em campo durante todos os noventa minutos, como fizeram naquela mágica arrancada do ano passado.

Ah, ainda temos o Maicon, dirão alguns. E daí, se ele passa mais tempo no departamento médico do que em campo? Antes de mais nada ele precisa decidir o que quer ser, se um jogador de futebol ou um velocista para que o Ronaldo Torres possa programar adequadamente seus treinamentos físicos. O que não é aceitável é que ele sempre esteja fora nas ocasiões mais importantes, o tem acontecido desde que ganhou a titularidade, como nos últimos jogos do Brasileirão, finais da Sul-Americana e semifinal da Taça Guanabara.

O empate, em termos da competição, não foi ruim porque a decisão será no Maracanã, mas se for levado em consideração que foi obtido contra uma equipe que em seu campeonato regional não vencia a quatro jogos, dos quais perdeu dois, o resultado foi decepcionante.

Sobre o jogo em si nada a acrescentar, a não ser a fraquíssima atuação do Fred, embora o craque tenha crédito de sobra. Sobre a perda do penalti, a tal da paradinha transformou-se na própria crônica de uma tragédia anunciada, porque bastaria que um goleiro com um pouco mais de tutano permanecesse estático sob os paus para que ela se tornasse inócua. Foi por pensar assim que o Roni foi elogiado na postagem após a eliminação do Flamengo na Sul-Americana, por converter o penalti sem aquela frescura de paradinha.

A destacar ainda a boa estreia do Wellington Silva, embora a promessa apresente a mesma deficiência de todos os atacantes revelados em Xerém, a pouca familiaridade em acertar a meta adversária, tanto assim que o clube só consegue revelar bons zagueiros, laterais, volantes e meio campistas. Isso, porém, deverá ser problema do Arsenal para o qual Wellington já foi vendido a preço de banana, como sempre.

E apesar de todas as dificuldades, DÁ-LHE FLUZÃO!

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Que fim levou o Time de Guerreiros?

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Onde estará o aquele Fluminense guerreiro, imbatível, que encantou a todos nos três últimos meses do ano passado? O time que hipnotizou até os cronistas esportivos, mesmo os avessos ao Tricolor, a ponto de esquecerem as mágoas, as mazelas impingidas no passado a seus clubes de coração e passaram a tecer loas àquele que jogava o futebol mais bonito, mais contundente, mais objetivo do segundo turno.
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Até o super-corinthiano Juca Kfuri declarou seu amor ao Tricolor das Laranjeiras e confessou que não perdeu nenhum jogo do Fluzão durante aquela arrancada sensacional.




Pois bem, o campeonato acabou, vieram as férias e o encanto acabou.

Será verdade? Posso provar que não.

O time de guerreiros, o time dos sonhos aparentemente acabou. Os pífios desempenhos nos clássicos da Taça Guanabara sinalizam nesse sentido, principalmente os quarenta e cinco minutos finais contra o Flamengo, quando foi batido facilmente por 4 x 0 numa demonstração total de falta de qualidade com falhas grosseiras, tanto dos próprios atletas como da comissão técnica. E o time do Flamengo não é tão difícil de ser derrotado, como mostrou Joel Santana, que eliminou a urubuzada com um grupo mais limitado.
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Alguns, inclusive o próprio Cuca, se agarram às cinco vitórias obtidas contra Americano, Bangu, Duque de Caxias, Volta Redonda e Boavista para classificar a campanha como boa. Mera cortina de fumaça por que, afinal de contas, qual o mérito em vencer essas equipes fraquíssimas? Nada mais que obrigação.

Quais seriam então as causas do desempenho desastroso nos dois clássicos durante a Taça Guanabara? Desfalques, jogadores voltando de contusão e ainda sem o condicionamento ideal podem até ser considerados.

Mas não foi só isso. Aquele time maravilhoso foi sendo desmontado aos poucos. Contratações errôneas como sempre, enfraqueceram a equipe e a conta para mais esse desacerto acabou chegando até cedo demais.


Os “reforços” contratados não são melhores dos que os jogadores que compunham aquela equipe maravilhosa. E essa opinião não é de agora, pois antes mesmo de suas contratações na postagem do dia 11 de janeiro de 2010, sob o título “Elenco Tricolor definido para 2010. Acertos e pecados do Cuca” já contestava a qualidade desses atletas. Poderiam servir para compor elenco, nunca para serem titulares absolutos.

A única contratação que pode ser desculpada é a do Julio Cesar, que enganou a todos com suas belas atuações pelo Goiás. Confesso que também fiquei esperançoso do time ter finalmente condições de acertar a lateral esquerda, carente depois da saída de Junior Cesar.

As atuações do Julio Cesar não convenceram. Pode ser que esteja fora de forma, pode ter sentido o peso da camisa tricolor, mas o fato preocupante é que mesmo com as fracas atuações ele tem sido mantido como titular absoluto. O mesmo se aplica a Everton, Willians, Leandro Euzébio e Thiaguinho, embora os três últimos passaram a amargar uma justa reserva.

Ao abandono do esquema que vinha funcionando às mil maravilhas também cabe uma parcela de culpa. É claro que as contusões de Digão e Dalton e as fracas atuações do Leandro Euzébio forçaram nosso treinador a optar pelo velho 4-4-2.

Agora, porém, os dois estão de volta, além do Cássio, que finalmente conseguiu se firmar com ótimas apresentações. Não existe, portanto, justificativa plausível para a manutenção da titularidade de jogadores que vem jogando mal.
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O Cuca peitudo, que teve a coragem de barrar e afastar os atletas que há muito vinham enganando com um futebol medíocre, parece que desapareceu da face da Terra. Voltou a ser aquele técnico subserviente, medroso, que prefere escalar “as novas estrelas” recém contratadas, independentemente de suas atuações. Por que não os deixa fora do time, treinando forte para talvez voltarem quando estiverem apresentando um futebol mais objetivo?

Enquanto isso, o Fluzão da raça, do jogo objetivo e vencedor que todos se acostumaram a ver continua lá mesmo nas Laranjeiras, encubado, preterido. Agora mesmo para a estréia na Copa do Brasil, Cuca está em dúvida se escala Willians ou Thiaguinho para substituir o suspenso Diguinho, quando o mais normal seria deixar suas funções a cargo do Everton e voltar com o trio Gum, Digão e Cássio.

Acorda Cuca! Volte a escalar os jogadores que deram ao time aquela qualidade que os torcedores tricolores se acostumaram a ver, o time que todos sabem de cor. Se puder melhorá-lo, ótimo para os tricolores, embora para isso a diretoria terá que aprender a vislumbrar os craques de verdade, como conseguiu uma única vez ao contratar o Fred.

Por ter a certeza de que mais cedo ou mais tarde o nosso treinador se dará conta de que os novos “reforços” enfraqueceram o time em vez de reforçá-lo e voltará a escalar os atletas da mágica arrancada, é que afirmo que o Time de Guerreiros ainda voltará a dar grandes alegrias à Torcida Tricolor. E veja bem Torcida Tricolor, à exceção do Tartá, todos eles ainda estão lá.

E DÁ-LHE FLUZÃO! VAMOS VIRAR ESSE JOGO!



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De dar água na boca o artigo do Globoesporte.com sobre a atuação do Tartá.
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Tartá marca duas vezes e Atlético-PR vence o Engenheiro Beltrão.
Furacão ganha por 3 a 0 e diminui vantagem do Coritiba na ponta.

GLOBOESPORTE.COM Curitiba

O novo ataque do Atlético-PR funcionou bem. Com dois gols de Tartá – e um de Alan Bahia – o Furacão passou fácil pelo lanterna Engenheiro Beltrão na noite desta quinta-feira na Arena da Baixada. Com o resultado, o time rubro-negro, segundo colocado do Campeonato Paranaense com 17 pontos, diminui para cinco pontos a vantagem do líder Coritiba.

O Atlético dominou o jogo e partiu para cima desde o início, mas o goleiro Herbert conseguiu levar a melhor no primeiro tempo. Na segunda etapa, no entanto, o novo ataque rubro-negro conseguiu se entender melhor.
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Logo aos cinco minutos, Wallyson cruzou, Serna ajeitou no peito e Tartá chutou para abrir o placar. Aos 12, o Furacão chegou ao segundo, em uma cabeçada de Alan Bahia após cobrança de escanteio de Netinho. O time da casa estava decidido a matar o jogo e, aos 17, Tartá recebeu na área, fintou o marcador e chutou para fazer 3 a 0.
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O segundo gol foi uma pintura, Tartá com dois dribles secos humilhou o zagueiro adversário. Enquanto isso temos que conviver com Everton, Willians e Fábio Santos. Parece até brincadeira!

domingo, 14 de fevereiro de 2010

Vasco 0 x 0 Fluminense. E mais uma derrota nos penaltis.

Dessa vez, Fred perdeu os gols que não costuma perder.


Outra vez o Fluminense perde a chance de chegar a uma final de turno no estadual. Desde 2005, apesar de ter "o propalado melhor time", a sequência de derrotas tem sido uma constante, (que saudades do Abel!).

A Torcida Tricolor já está farta das mesmas desculpas: "Jogamos melhor", "Erramos o penalti", "Quem perdeu era muito jovem", "O astro da equipe vinha fora de ritmo", todas concluídas com a bizarrice de sempre: "Aprendemos mais uma lição", "Vamos estudar nossas falhas".

No caso específico do Cuca, de tanto estudar as lições relativas a perdas de títulos, em breve deverá estar no Guinness World Records como o técnico mais graduado, verdadeiro PHD em tentativas de aprendizado.

Embora o âmago das desculpas corresponda à realidade, alguns pontos ainda devem ser questionados, como por exemplo:

O fato de Fred não estar em seu ritmo ideal por ter vindo de contusão. Cuca tem que observar que o artilheiro vem sendo massacrado pelo excesso de pontapés, que acabam minando sua resistência. Deve, portanto, evitar colocá-lo em campo quando não reunir suas melhores condições físicas, como no jogo contra o Duque de Caxias, por exemplo, porque o efeito de decisões erradas como essa, chega mais cedo ou mais tarde.

O departamento médico também deve ficar mais atento às seguidas contusões de nossos principais atletas. Maicon, por exemplo, utilizando com exagero o dom inato da velocidade, tem sido vítima de lesões musculares graves e constantes. Orientações no sentido de aprender a dosar suas forças para usá-las com mais racionalidade, talvez possam evitar essas distensões, inadmissíveis em se tratando de uma atleta de 20 anos.

_ "O Alan é muito novo por isso perdeu o penalti". O que dizer então do Philippe Coutinho que ainda nem atingiu a maioridade? Se a assertiva fosse verdadeira, ele deveria ter perdido também.

Ainda sobre o Alan, Cuca disse que ele estava confiante. E daí? Confiança não converte penalidades, há que se treinar e ter habilidade. À propósito, será que o Alan já havia batido algum penalti em sua vida? O erro na escolha dos batedores é exclusivamente da comissão técnica.

O jogo em si foi o que todos esperavam. Marcação cerrada e botinadas em cima de Fred e Conca. Mancini sabia bem que só eles poderiam criar dificuldades para o Vasco, tanto que não se preocupou com os demais por achar claro que anulando as duas estrelas ninguém mais seria capaz de fazer a diferença.

Concordo com o Cuca quando disse que se o Fred estivesse na plenitude da forma não perderia aqueles gols quase certos. Provavelmente também não tentaria cavar aquele penalti de forma tão ridícula, após ter passado pelo goleiro.

No mais, o filme de sempre: Gum e Cássio firmes na zaga; Mariano mais ou menos; Julio Cesar continua devendo, não merecendo a condição de titular absoluto por apresentar pior desempenho do que o Marquinho, que nem lateral é; Diguinho, com a "virtude" de errar passes fáceis que acabaram propiciando contra-ataques perigosos; Diogo fazendo o que sabe, o que não é muito; Conca e Fred sobrecarregados como sempre.

Não consegui ver no Everton o futebol que alguns cronistas salientaram. Para mim, ainda não disse ao que veio. Jogar bem contra equipes medíocres, sem a mínima qualidade técnica não o credencia a ter desbancado o Tartá, degredado para outras plagas. Aguardo com ansiedade a recuperação do Equi, talvez a última esperança de ver alguém criativo ao lado do Conca.

Ao final, com tanta deficiência do meio pra a frente, o resultado só poderia ser mesmo o zero a zero, porque aquele ataque vascaíno ainda que jogasse cem anos que não iria conseguir furar nossa defesa de jeito algum.

Sobre a confiança do Cuca, garantindo a conquista do segundo turno e o consequente título na disputa final, torço para que aconteça. Mas para que a promessa se torne realidade, ele precisa parar de inventar, porque com suas invenções perdeu vários títulos no Botafogo.

A escalação prematura do Bruno Veiga num clássico decisivo foi uma temeridade. Periga até de queimar uma promessa por jogá-lo ao fogo sem mais nem menos. "Ah, ele treinou bem", dirão alguns, fazendo coro com o treinador. Para eles volto a citar a máxima do Didi: "treino é treino, jogo é jogo".

Além do desastre esperado, a escalação do Bruno serviu também para tirar a tranquilidade do Alan, que entrou mais nervoso do que o normal, achando que teria que mostrar muito serviço para ser considerado em outras oportunidades. Deu no que deu.

Cuca exultou a excelente campanha da primeira fase. Que excelência, cara pálida? Cinco vitórias contra times fraquíssimos, bem inferiores ao que apresentaram nos campeonatos passados. Acho que esteja rolando um pouco de soberba, afinal não conseguimos vencer nenhum clássico e o modo como perdemos para o urubu foi de dar raiva até em criancinha recém-nascida. Verdadeiro festival de asneiras.

Temo pela Copa do Brasil, porque jogando desse jeito vai ser muito difícil ganhar do Grêmio, do Santos ou até mesmo do Vasco, que mais uma vez foi o nosso carrasco. Gostaria mesmo que o Cuca voltasse com o "Time de Guerreiros".

Prefiro ver aquela mesma escalação que ficou invicta jogando um futebol viscoso e envolvente, o melhor da fase final do Brasileirão de 2009 e contra equipes bem mais qualificadas, como Atlético Mineiro, Cruzeiro, Palmeiras, Atlético Paranaense, Vitória, Sport e que acabaram sendo massacrados pelo Fluzão.

Já que o técnico declarou que "vai ter tempo para refletir e que o Fluminense tem se preparar melhor em todos os sentidos para fazer uma boa Copa do Brasil e um bom segundo turno", por que não aproveitar esses joguinhos "mamão com açúcar" contra os pequenos do Rio e os iniciais da Copa do Brasil para condicionar o Digão e deixar Julio Cesar, Everton, Willians e Thiaguinho, os reforços que até agora jogaram menos dos que já estavam na equipe, amargando um banquinho, como fez com o Leandro Euzébio?

Deve refletir muito sobre o fato de ter considerado a eliminação como um acidente de percurso, do mesmo modo que havia considerado o segundo tempo do jogo contra o Flamengo. Pelo fato de estar dirigindo o Fluminense, a obrigação do Cuca é o de descobrir as causas desses acidentes e corrigi-las o quanto antes, pois de acidente em acidente os títulos vão sendo perdidos e a paciência da torcida se esgotando.

Agora resta esperar que o Vasco vença o Flamengo na final para diminuir a chance de novo campeonato rubro-negro, a menos que o Joel Santana consiga tirar algum coelho da cartola e eliminar a urubuzada.


E DÁ-LHE FLUZÃO!


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Não sei se dá raiva ou frustração. Enquanto, ao longo dos últimos anos, temos sido obrigados a conviver com Fabinho, Jailton, Wellington Monteiro, Leandro Domingues, Leandro Bonfim e mais recentemente com Diogo, Diguinho e Willians, nossas revelações de Xerém viram craques e passam a defender os adversários.

Ontem foi o Carlos Alberto, mola propulsora do time do Vasco; antes tinham sido Toró e Fernando, que mesmo sem ser brilhantes, deram conta do recado. Na Copa do Brasil, teremos que aturar Diego Souza e Arouca e no Brasileirão, Roger, Júnior César e outros.

Antes, a desculpa era de que não podíamos competir com os clubes europeus, mas perder uma miríade de craques para os clubes brasileiros já é burrice demais.

(crédito da foto: Agência Lance)

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Olaria 0 x 0 Fluminense. Eta joguinho xôxo!


Foi um jogo lento, com sono. A equipe sentiu muito o desentrosamento, além da juventude dos estreantes. Não faltou correria e disposição, mas não havia organização do meio para a frente.

O Flu foi beneficiado com a justa expulsão de um jogador do Olaria na primeira metade do primeiro tempo. Com superioridade numérica, o time passou a tocar a bola com mais facilidade, porém com pouca objetividade.

Sem Conca e Everton, a criação de jogadas ficava a cargo do Diguinho, o capitão da equipe esta noite. Apesar de não gostar muito do Diguinho, reconheço que o seu futebol tem evoluído nas últimas partidas. Mas daí confiar a ele a criação das jogadas, rola um pouco de exagero do seu amigo Cuca.

Apesar da maior posse de bola, o Fluminense não conseguia criar. A formação com três zagueiros não fazia mais sentido. O Olaria atacava e a bola ficava girando na defesa e no meio campo do Fluminense.

A rigor, no primeiro tempo, somente uma boa chance, com o Fábio Neves, com uma boa defesa do goleiro Ângelo do Olaria.

Os estreantes sentiram o peso da estreia e o desentrosamento do time. Todos correram, lutaram e não comprometeram, mas nenhuma atuação a se destacar. O volante Neves foi o mais seguro dos garotos.

No segundo tempo, Cuca percebeu que com um jogador a mais, não havia mais necessidade de três zagueiros e sacou o Digão, dando lugar ao Kieza.

A entrada do Kieza melhorou um pouco a movimentação na frente, porém uma vez mais, mostrou que é um atacante com tremendas dificuldades para finalização. Na grande chance que teve, em vez de chutar de primeira, resolveu levantar a bola antes do arremate, o que permitiu a chegada do goleiro para bloquear a bola. Seu empresário declarou que ele não deverá continuar no clube pela falta de oportunidades. A menos que melhore muito em outra equipe, não deixará saudades.

A melhor oportunidade do jogo foi em uma das poucas estocadas do Olaria. O atacante Romário perdeu um gol incrível na marca do penalti numa linda defesa do Rafael com os pés. Ainda bem que não era o xará baixinho do outro lado...

Esse lance evidenciou o mesmo buraco que vez por outra aparece em nossa defesa. Ontem foi o Romário genérico, sábado será o Dodô, o Carlos Alberto ou o Philippe Coutinho e aí o estrago poderá ser pior do que foi contra a urubuzada.

No final, Cuca colocou Dori em campo, mas a jovem promessa não teve oportunidade nem tempo de mostrar seu futebol.

Enfim, o zero a zero acabou sendo justo.


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Já está ficando chato. É sempre a mesma coisa. Toda vez que o Fluminense chega a fases decisivas, a mídia mulamba tenta plantar notícias sobre a saída de seus principais jogadores.
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A bola da vez é novamente o Fred, que teve seu nome veiculado a uma possível transferência para um clube de São Paulo.
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Vê se te manca mídia mulamba, porque mais cedo ou mais tarde ... O FRED VAI TE PEGAR!
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E DÁ-LHE FLUZÃO!
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sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Fluminense 3 x 0 Boavista. Classificação burocrática.

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Foi um jogo para esquecer. Facilitado pelas expulsões precoces de dois jogadores adversários, a equipe tricolor demonstrou mais uma vez seus pontos fracos.
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O ataque sem Fred não funciona. É incrível como os demais atacantes conseguem perder gols facílimos.
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Por paradoxal que seja, com onze contra nove o jogo foi mais difícil. A expulsão do Willians diminuiu a vantagem numérica e deu ao Boavista a sensação de que poderia empatar. O time de Bacaxá tentou imprimir alguns contra-ataques, todos bem anulados pela defesa tricolor. O Fluminense pode então aumentar a pressão sobre o adversário que já não se mantinha tão retrancado.
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E de tanto tentar, mesmo que atabalhoadamente, sem nenhuma tática definida, ao final Thiaguinho, que havia entrado no intervalo no lugar de Mariano, conseguiu dois bons arremates e acrescentou mais dois gols àquele solitário do primeiro tempo, marcado por Conca cobrando penalti.
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Preocupante a apresentação. Só serviu mesmo para dar à torcida a certeza de que o plantel é deficiente. Falta homogeneidade e quando Fred está ausente, o Fluminense se torna um time previsível e mediano.
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É certo que Conca, Gum e Cássio fizeram boa partida, mas por melhor que possam estar não serão capazes de suplantar as equipes mais fortes. O recente Fla-Flu comprovou a tese.
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O jogo, além de garantir a classificação, serviu para alguns ensinamentos. O primeiro deles foi à confirmação de que Willians não deve e não pode ser escalado como atacante. Não tem nenhum cacoete para a posição. Jogou mal, perdeu algumas oportunidades em que não conseguiu sequer arrematar com força, além de ser expulso por uma jogada bisonha e desnecessária. Confirmou a opinião desse blog quando de sua contratação, um verdadeiro "presente de grego" ofertado pela Traffic. Continuo com minha posição de que teria sido melhor manter o Tartá.
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A barracão de Leandro Euzébio foi uma boa. Sua habilidade só o credencia para compor elenco e ser aproveitado apenas em casos extremos.
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Por outro lado, Cássio jogou bem, mostrando firmeza em todas as jogadas. Necessita de mais observação face à inoperância do ataque adversário.
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De resto, só a destacar o costumeiro bom desempenho do Conca e alguma qualidade mostrada pelo Bruno Veiga.
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Com a classificação garantida e a quase certeza da segunda colocação no grupo, o jogo contra o Olaria perde totalmente seu significado. Se acontecer uma vitória ou uma derrota por diferença de quatro, cinco gols em nada será modificado o panorama das semifinais.
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É por isso que espero que o Cuca tenha a “malandragem” necessária para descansar a equipe titular, principalmente aqueles que mais se tem desgastado como Conca, Alan, Gum, Cássio, Mariano, Diguinho e Everton.
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Por que não aproveitar esse amistoso de luxo para dar ritmo de jogo a Digão, Equi González, Dieguinho e até mesmo Fernando Henrique? O fato, meus amigos, é que será inconcebível a presença de Conca, Gum, Cássio e Diguinho num jogo bobo a apenas três ou quatro dias da semifinal.
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Torço para que o Cuca reflita bem sobre o assunto e decida não arriscar por coisa nenhuma.
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E DÁ-LHE FLUZÃO!
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terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

23 anos sem Castilho.



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Em 2 de Fevereiro de 1987, Carlos José Castilho partia para o merecido descanso. Ídolo do Fluminense, Castilho vestiu a camisa tricolor durante dezessete anos (1947- 1964). Foi o atleta que mais vezes jogou pelo clube. Disputou 696 partidas, sendo que em 255 delas não sofreu gol.
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Com sua técnica refinada e sentido de colocação apurado garantiu inúmeras vitórias pelo placar de 1 x 0. Foi a época dos "timinhos tricolores", pois bastava os atacantes fazerem só um golzinho que o goleirão garantia o resultado. A torcida passou a idolatrá-lo e a tratá-lo de São Castilho.
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Castilho transformou-se numa lenda e sinônimo da alma e raça tricolor. Em certa ocasião, para evitar ficar dois meses no estaleiro por ter fraturado o dedo, Castilho autorizou os médicos a amputarem parte de seu dedo mínimo porque não queria de jeito algum deixar de jogar durante tanto tempo. Muito diferente dos "reis do chinelinho" que hoje povoam o futebol brasileiro.
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Foi um goleiro perfeito, realizava defesas milagrosas. Frangos? Nem pensar.
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Os adversários desdenhavam sua perícia, atribuindo-a apenas à sorte. Chegaram a apelidá-lo de leiteiro e em consequência todo o time de leiteria pelas inúmeras bolas que se chocavam contra as balizas tricolores. Não foram capazes de vislumbrar que Castilho, com seu senso de colocação perfeito, quase sempre conseguia fechar todos os ângulos possíveis, deixando para os habilidosos atacantes da época, como Ademir Menezes, Zizinho, Evaristo Macedo e outros da mesma estirpe apenas a possibilidade de acertar as suas traves.
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Com Castilho, o Fluminense foi campeão carioca de 1951, 1959 e 1964. Campeão da Copa Rio, em 1952, o Mundial de Clubes à época. Campeão do Rio-São Paulo em 1957 e 1960.
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Pela Seleção Brasileira, Castilho disputou quatro Copas do Mundo, 1950, 1954, 1958 e 1962, sendo titular na de 1954.
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